quinta-feira, 3 de junho de 2010

Opinião - Quem é o responsável pela bagunça



Uma tímida campanha de esclarecimento anunciou a implantação do chamado "pé na faixa" em Londrina. Agora, valendo multa para o motorista transgressor, a bagunça é generalizada e não isenta de culpa o poder público, o motorista, o motociclista, o ciclista e o pedestre.

Tirando o poder público, eu sou o resto: ando a pé, trafego de bicicleta, saio de moto e dirijo um carro. Nas quatro condições ainda tenho dúvidas diante de uma faixa de pedestres.

Nos locais onde o "pé na faixa funciona", aciono o alerta do carro com aquela desconfiança de que o motorista de traz vai entrar com tudo no meu carro. Onde o sistema não funciona, já fui xingado por pedestre.

A pé, mesmo nos locais onde há plaqueta identificando o pé na faixa, fico com muito receio. O carro próximo de mim pára, mas e outro, que está vindo ao lado?

Ontem parei no pé na faixa logo após o balão da Avenida Santos Dumont que dá acesso à JK. Fica muito próximo do balão e quem vem atrás não sabe. Levei um buzinão do cara de trás que até cantou pneu para frear. Apontei com o dedo a placa do pé na faixa mas ele não entendeu. Me ultrapassou e saiu xingando.

Em Taguatinga, cidade satélite do Distrito Federal, a campanha de conscientização durou um ano. Lá, usaram um cão em campanha de televisão. O cão, sem colocar o pé na faixa, portanto ainda na calçada, parava diante da faixa e levantava a pata. Os carros ligavam o alerta e paravam.

Pois é. Veja a diferença. Lá o pedestre não pode colocar o pé na faixa. Ele tem que parar diante da faixa, ainda na calçada, e levantar a mão. Se não fizer isso o carro não pára. Lá pedestre não invade faixa sem dar o sinal e motorista respeita quando o sinal é dado.

O pedestre e o motorista de lá são diferentes? Não, acho que o poder público que acionou o sistema por lá pensa. Aqui, implanta uma fábrica de multas e desacertos.

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